Todos nós estamos sujeitos a dores.

14:44:00


Nunca estamos preparados para sentir uma dor, quando sentimos nos damos conta de como somos vulneráveis a qualquer coisa. Sempre acreditei que a pior dor é aquela que nosso dedo mindinho bate na clina de um móvel, hoje acredito que sempre estive enganada. Primeiro percebi que: dor não tem classificação de pior ou menos ruim, dói do mesmo jeito e não dói pouco. E segundo: que constatei que a vida não é um mar de rosas e sim um mar de transformações.

Dores nos transformam. Transforma naquilo que você nunca imaginou que seria, te faz ser o que sempre julgou, te faz dizer o que nunca gostaria de ouvir, te faz fazer o que talvez você nunca faria. E sobre ela te transformar mais forte: é mito! Ela te transforma em uma pessoa medrosa. Medo de amar, de confiar, de se entregar, de demonstrar, de recomeçar de novo. De sofrer, de chorar, de sentir, de reviver tudo de novo. Todo mundo passa por dores que jamais serão curadas, apenas serão esquecidas por alguns momentos.

As vezes nos iludimos tanto que somos forte que chega ser ridículo. É ridículo se tornar alguém mascarado, viver do que pensa que é, sorrir por fora e se auto destruir por dentro, isso é extremamente ridículo. As vezes se perdemos, damos voltas e  mais voltas e não saímos do mesmo lugar, voltamos ao ponto de partida porque não conseguimos nos libertar esquecemos que somos livres. Não é nada fácil ver pessoas passando ao seu lado chegando perto daquilo que você mais se distanciava, o vento batendo ao contrário. Você reduz a velocidade e fica com medo de se abastecer de novo. Até chegar o momento que você precisa por uma nova máscara.

A chuva lá fora garoa levemente, até aumentar gravemente com raios, ventos fortes e uma neblina que não da para ver nada. É como se você estivesse vendo sua própria alma. O mundo lá fora se tonar um breu e você encontra um lugar seguro e esperar a tempestade parar.

Aos poucos a tempestade vai passando, o sol aparece brilhando levemente no céu clareando tudo aquilo que você não conseguia ver. Agora via. Via o arco-íris que a tempestade escondeu, via muito mais, via tudo com um choque de realidade. Dói. Porém você percebe que aquele não era o seu lugar. Você se encontrou. Tudo era melhor que aquele lugar, mesmo sem saber pra onde ir. Caímos em si. Não era o meu lugar, não era o caminhos que eu queria trilhar, não era o sentido, não era a estrada. O lado certo era o outro lado. 


Somos nós que sabemos qual é a nossa direção.

Temos que voltar ao início e ouvir o grito do nosso coração. Ainda não inventaram um outro sistema de navegação melhor que esse. Agora vai dar tudo certo, assim como deu comigo.

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