As pessoas me colocaram em uma bolha. Me jogam pra lá e pra cá. Querem construir uma estrada nova na minha vida. Uma estrada aonde eles decidem qual passo devo dar, quando devo andar e qual direção seguir. Posso parecer um pouco crítica mas eu não dei meu controle remoto pra ninguém. A verdade é: que estou cansada de conselhos.

Todo mundo acha que sabe o melhor pra mim, aonde devo ir, o que devo fazer e como agir. Será mesmo ? Será mesmo que é necessário ter tantas pessoas lendo o manual pra mim ? O interessante é que as situações pelas quais passei parecem ter acontecido na vida das pessoas que me rodeiam. Mas isso não dar o direito de viverem por mim. Eu quero ter minhas próprias experiências, razões e fatos. Todo mundo já fez ou faz, já viveu ou vive, já passou por isso e tem a estratégia certa pra passar pela lama sem se sujar.

Mas.. Ninguém vive o que eu vivo, passa o que eu passo, sente o que eu sinto. Sob minha pele, meus princípios, meus sentimentos e minhas verdades, ninguém sabe o que acontece além de mim. Ninguém pode compreender cada situação que me atinge, cada sensação percebida por mim ou cada estímulos despertado. Ninguém alem de mim.

Todos os dias tenho que desatar nós mais complicados que aqueles que se formam em cordões mais finos porque insistem em manipular minha mente, pra que eu pule minhas etapas, engula meus sentimentos e siga o atalho que alguém disse que por ali deu certo. E ai eu só pioro por motivos de que: eu não sei viver dentro de uma bolha.

Se estou confusa ? Claro que estou! Mas acredito que seja por ter que encaixar as decisões alheias nas minhas porque alguém teve um caso parecido e não é bem assim, entende ? Não é isso que irá me salvar. As vezes, encontramos o que estamos precisamos dentro de nós mesmo, é só questão de tempo. Isso não é tão simples quanto colocar um óculos de grau e ver o mundo da maneira certa. Necessita paciência e descarta a pressão. Pra que ter pressa ? Não foi a lebre que ganhou a corrida, e sim, a tartaruga. Chegar mais rápido não significa que vai dar certo. A mais lenta vence é aquela que chega primeiro. Aos poucos eu vou conseguir e a cortina cairá conforme meu tempo deixar.

Sobre toda preocupação: eu agradeço. Não desvalorizo quem sabe se importar de verdade comigo. Mas, me deixe estourar essa bolha. Quero correr o risco do sabão cair nos meus olhos me impedindo de ver o horizonte. Porém, uma hora a ardência irá passar e estarei pronta para ver a realidade distorcida.

Quero seguir as minhas próprias regras.